28 setembro 2007

Miss Brasil põe abaixo a 'ditadura do osso' de miss Itália

Silvia Battisti tem 1,80 m e 51 kg; Natália Guimarães mede 1,75m e pesa 57kg.
Brasileiros são claramente a favor das curvas, desde que a mulher não seja muito cheia


Foi-se o tempo em que beldades excessivamente magras eram exclusivas das passarelas e que as curvas mais bem desenhadas do mundo ficavam restritas aos concursos de beleza.

Se a Miss Brasil Natália Guimarães causou frisson ao mostrar suas curvas na passarela das principais semanas de moda do país, a modelo Silvia Battisti, vencedora do concurso Miss Itália, tem causado polêmica por seu baixíssimo índice de massa corporal.

Aos 18 anos, Silvia pesa apenas 51 kg, distribuídos, sabe Deus como, ao longo de 1.80m. Bem diferente de Natália, 57 kg, 1,75m e que agora encara a malhação para, além das curvas, garantir tônus muscular no Carnaval.

O índice de massa corporal (IMC) da Miss Itália é de 15,74 (resultado da divisão do peso pela altura ao quadrado), o que é considerado um sinal de anorexia. Para a pessoa não ser anoréxica, o IMC deve ser acima de 17,50. O IMC da Miss Brasil é de 18,61.



“São dois mundos completamente diferentes. As meninas magrinhas funcionam mais na passarela, mas num comercial, na praia, correndo, elas estão fora”, compara o olheiro Sérgio Mattos, expert em descobrir modelos magras, mas com borogodó. “O sucesso mesmo são as mais encorpadas, que esbanjam saúde. Como a Gisele Bündchen, Ana Beatriz Barros e Raica, que ganham mais dinheiro porque fazem mais comerciais”, observa.

Apesar de não haver mais o padrão Marta Rocha de ser miss, os concursos ainda privilegiam as formas, digamos, mais arredondadas. “Hoje não se exige uma medida padrão, mas existe um equilíbrio de formas. Antigamente, as mulheres eram mais cheinhas. Nas últimas décadas, o padrão modelo tomou conta da mídia e as misses ficaram mais magras”, explica o diretor do concurso Miss Brasil, Boanerges Gaeta Jr.

Brasileiros preferem Natália a Silvia

Num ringue, frente a frente, miss a miss, Natália é unanimidade na preferência nacional. “Se você colocar a Gisele Bündchen e a Juliana Paes, a Juliana mata a Gisele. O povo aqui gosta de bunda”, diz Sérgio.

Ele tem razão. O G1 foi às ruas perguntar a homens de todas as idades e profissões diferentes e todos foram categóricos. “Mulher tem que ser magra, mas ter peito, quadril, ter uma beleza natural. Modelo muito magra só é bom se for para ver roupa”, diz o vendedor João Luiz Carvalho, de 25 anos.

“Mulher tem que ter curva. Não precisa ser cheia, mas também não pode ser muito magra”, emenda o mensageiro Arthur Soares, de 19 anos.

Para o motorista Edmilson Santana, de 42 anos, nem os italianos devem gostar do padrão de beleza consagrado no concurso de lá. “Se italiano gostasse de mulher assim muito magra não vinha para o Brasil atrás das brasileiras”, brinca.

g1.globo.com

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