Para Andréia Esvicero, “não existem mulheres burras”.
Beleza apenas não basta. A idéia é consenso entre as candidatas a Miss São Paulo já inscritas na etapa Capital do concurso. “A beleza se banalizou, o que resta agora é se destacar de outro jeito. Faço faculdade de Gestão Ambiental e tento sempre estar voltada para o que está acontecendo no dia-a-dia. Estou por dentro de temas como aquecimento global e meio ambiente”, diz a atriz Natacha Canatto, de 20 anos, de Guarulhos.
Possuir consciência crítica e estar por dentro da política e da economia nacionais passaram a ser exigências dos organizadores da fase local do Miss São Paulo Mundo. Muitas candidatas apostam na comunicação como um diferencial.
Com isso, elas querem derrubar de uma vez por todas o preconceito de que "miss é burra". “Dizer isso é infantilidade. Dizer que uma pessoa é burra é julgar a si mesmo. Não existem mulheres burras, existem aquelas que não tiveram acesso à educação”, rebate a candidata Andréia Silvia Esvicero, de 17 anos.
A modelo Fernanda Saldanha, de 18 anos, acha que a sua geração pode combater o preconceito. “Isso é uma besteira, uma bobagem. A gente pode quebrar esse esteriótipo”, defende.
O Miss Mundo, cujo slogan é “beleza com propósito” e envolve as vencedoras na defesa de causas sociais, como a luta contra o câncer, já deu um passo neste sentido. Fernanda Saldanha, que almeja o posto, já escolheu algumas mensagens que gostaria de passar ao mundo: preservação da natureza, respeito ao próximo e inclusão social.
Cláudia Regina, de 23 anos, vê no concurso a possibilidade de divulgar suas idéias. “A mulher negra neste ano ainda está um pouco acanhada. Queria passar mensagem às modelos negras que, às vezes, se sentem desacreditadas.”
G1
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