16 novembro 2011

Quando se deixa de ser a mulher mais bonita do mundo…

Álvaro A. Cuéllar


Da Efe



Efe




Irene Sáez optou pela política uma vez que entregou seu cetro como a mulher mais formosa do planeta. Ela chegou a enfrentar nas eleições presidenciais Hugo Chávez




A vida de artista é o caminho preferido das mulheres que já foram consideradas as mais bonitas do planeta. No entanto, a política, a beneficência e o negócio privado foram outras opções que algumas Misses Universo escolheram após entregar sua coroa.


Quando a mexicana Ximena Navarrete entregou sua coroa à angolana Leila Lopes como sua sucessora de Miss Universo, não só deixou para trás seu título de mulher mais bonita do mundo, mas também se despediu de seu apartamento em Nova York, de sua intensa agenda com viagens pelo mundo, das sessões de fotos para a capa das mais famosas revistas e de outros benefícios que recebeu durante um ano.


Desde a noite do último dia 12 de setembro, quando no Credicard Hall de São Paulo o júri escolheu a nova beldade de 2011-2012, Ximena entrou para o clube das ex-Miss Universo: um seleto grupo que não é isento de escândalos e no qual a maioria de seus integrantes escolheu a vida artística como profissão. Mas nem todas seguiram os mesmos passos.


O cinema é uma das etapas seguintes mais escolhidas pelas ex-Misses Universo. E é óbvio, já que é uma tradição que dentro do pacote de prêmios recebidos pela Miss Universo haja algum curso de interpretação ou um contrato com alguma produtora.


A finlandesa Armi Kuusela, por exemplo, primeira ganhadora do concurso de beleza em 1952, estreou no cinema representando a si mesma no filme "A Garota mais Bonita do Mundo".


A lista de antigas Misses Universo que chegaram ao cinema é extensa: a francesa Christiane Martel, vencedora de 1953; as americanas Miriam Stevenson (1954), Carol Morris (1956), Chelsi Smith (1995) e Brooke Lee (1997); a filipina Gloria Díaz (1969); a holandesa Angela Visser (1989); e as indianas Sushmita Sen e Lara Dutta (2000), são os casos mais lembrados.


Efe


Oriunda de Botsuana, a ex-Miss Universo Mpule Kwelagobe recebeu vários reconhecimentos internacionais por seu compromisso na luta contra o vírus da Aids




Televisão e polêmica


A televisão, especialmente as telenovelas e a participação em reality shows, é outro terreno fértil para as misses. Nomes como os da porto-riquenha Denise Quiñones, da russa Oksana Fiodorova e da australiana Jennifer Hawkins são reconhecidos entre os espectadores de seus países, enquanto os de outras figuras da telinha como a chilena Cecilia Bolocco e a venezuelana Alicia Machado romperam fronteiras pela polêmica que as rodeou.


Cecilia, escolhida Miss Universo em 1987, ganhou notoriedade como apresentadora de vários programas em seu país e no popular festival de musica de Viña del Mar. No entanto, os refletores da fama a iluminaram com mais força depois que em maio de 2001 se casou com o ex-presidente argentino Carlos Menem. Fotos comprometedoras dela com o empresário italiano Luciano Marocchino marcaram sua separação definitiva de Menem, em maio de 2007.


Apesar do rebuliço criado na Argentina e no Chile por causa da infidelidade de Cecilia, além de algumas declarações explosivas que ela fez a favor da ditadura do general Augusto Pinochet e de fotos sugestivas com a bandeira argentina, a modelo continuou em frente com sua bem-sucedida carreira.


Mas, se a polêmica seguiu a chilena depois que ela entregou seu cetro, a venezuelana Alicia Machado nunca a abandonou desde que foi coroada em 1996. Poucos meses após ser escolhida, Donald Trump, dono dos direitos do concurso, a obrigou a se exercitar em frente à imprensa em Nova York, porque a venezuelana tinha ganhado quase 15 quilos desde a noite de sua coroação.


Ao entregar seu cetro, Alicia continuou cultivando a polêmica ao se transformar na primeira ex-Miss Universo a posar nua para a revista "Playboy": estreou na edição mexicana em fevereiro de 2006 e depois na versão americana, em outubro de 2007.


Nas redes sociais, a venezuelana também se destacou. Em novembro de 2010, após as escaramuças bélicas entre Coreia do Sul e do Norte, Alicia escreveu em sua conta do Twitter: "Esta noite quero pedir-lhes que me acompanhem em uma oração pela paz, que estes ataques entre as Chinas não piorem nossa situação". As chacotas aumentaram, e a rainha da beleza fechou sua conta na rede social.




Efe


A chilena Cecilia Bolocco, após sua passagem pela televisão, é agora uma bem-sucedida empresária e estilista


Sua compatriota Dayana Mendonça, escolhida Miss Universo em 2008, também viveu um decepção por conta da internet. Durante seu reinado visitou a Base Naval de Guantánamo e depois escreveu em seu blog: "Visitamos os campos dos detidos e vimos as celas, os banheiros, como se entretêm com filmes, aulas de arte, livros. Foi tudo muito divertido. Não queria ir embora, foi um lugar tão relaxante, tão tranquilo e bonito". Certamente, as críticas não faltaram, e o concurso de beleza teve que sair em sua defesa.


Política, caridade e empresa


Mas não apenas as polêmicas marcaram as ex-Misses Universo. Outra venezuelana, Irene Sáez, coroada em 1981, optou pela política após entregar sua coroa.


Graduada em Ciências Políticas, foi escolhida duas vezes prefeita do Município de Chacao, além de ganhar as eleições ao governo do Estado de Nova Esparta. Irene inclusive enfrentou Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 1998, mas foi derrotada pelo o atual presidente.


O sucesso empresarial também tem seus representantes no leque das que já foram um dia as mulheres mais bonitas do planeta. A mexicana Lupita Jones, vencedora em 1981, aproveitou sua experiência para criar em 1984 a empresa Promocertamen, encarregada de organizar o concurso Nossa Beleza México, que escolhe a candidata de Miss Universo, além de criar o concurso masculino El Modelo México.


A beneficência é outra das linhas que marcam o destino das Miss Universo. A mais reconhecida neste campo é sem dúvida Mpule Kwelagobe, que ganhou em 1999 o concurso.


Oriunda de Botsuana, foi nomeada Embaixadora de Boa Vontade em 2000 pelas Nações Unidas, graças a seu trabalho na luta contra a expansão da aids. Além disso foi escolhida duas vezes Líder Global do Amanhã pelo Fórum Econômico Mundial, entre outros reconhecimentos internacionais.


http://noticias.br.msn.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quantos?

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

.



Blog criado em 8.8.05. Contagem de visitas desde 19.08.07