Foto: Beto Lima
Priscila Machado, dias antes de se tornar Miss Brasil 2011
Na noite deste sábado (23), o Brasil conheceu o nome de quem vai representar o país no Miss Universo, concurso que acontece pela primeira vez no país, no dia 13 de setembro, em São Paulo. Após duas horas e meia de apresentações, Priscila Machado recebeu a faixa que a classifica como mulher mais bonita do país. Para estar linda e preparada para assumir o posto, ela e as outras 26 concorrentes encararam uma rotina puxada. Durante 15 dias, elas dormiam tarde, acordavam cedo, ensaiavam durante horas, participavam de workshops, visitavam pontos turísticos da cidade para se apresentar ao público... Tudo isso em cima do salto, com muita postura e um sorriso que não saía do rosto. “E a gente tem que chegar na passarela parecendo que estávamos em um SPA todos esses dias”, brincou Izabela Drumond, Miss Minas Gerais.
Quando chegou o dia do concurso, as misses puderam dormir até um pouco mais tarde. Em vez de levantarem às 5h, despertaram às 10h e seguiram para o HSBC Brasil, onde aconteceu o evento. Algumas horas antes de subirem ao palco, as garotas estavam tranquilas. Poucas assumiram o nervosismo, mas todas buscavam alguma forma de descontrair. Dores no corpo, calos nos pés e inchaço eram algumas das reclamações das meninas após a intensa rotina. Mas nada que um pó de guaraná (“vai me salvar”, dizia uma delas com o pote em mão), uma oração e uma conversa com as novas amigas não resolvesse.
Apesar da eminente disputa no palco, elas trocavam elogias e conselhos até o último minuto. E lamentavam que, no dia seguinte, já não fariam mais parte daquele animado grupo. “Amanhã será difícil acordar e ver que tudo isso acabou”, afirmou Ana Paula Padilha, a Miss Pará, que pouco antes do evento, estava sentada em um banheiro na companhia de Izabela e de Nayanne Ferres, Miss Maranhão.
As três se espremiam no cubículo, como forma de despedida. O concurso não era pauta da conversa. “A gente tem que relaxar um pouco, depois de quinze dias, chegou a hora”, justificou a representante de Minas, que não largava seu livro de Salmos. Relendo as possíveis respostas que daria aos jurados caso fosse uma das cinco finalistas, Nayanne apontou um ponto da rotina que mudaria no dia seguinte. Vigiadas por chaperonas 24 horas por dia, elas não teriam mais essa espécie de babá por perto. “Vamos poder ir ao banheiro sozinhas. E isso assusta”.
Foto: Claudio Augusto
Misses Amazonas, Minas Gerais e Pará conversam no banheiro pouco antes do início do concurso
Foto: Claudio Augusto
Barbie da Miss Piauí: amuleto e mascote do grupo
Entre tantas mulheres bonitas, uma boneca chamava a atenção. Em cima da mala de Renata Lustosa, do Piauí, eleita Miss Simpatia, estava uma Barbie com a faixa de Miss Brasil. Aquela era apenas uma das 50 que Renata tem em sua coleção. A boneca, não só serve de amuleto para ela, como funciona como mascote de todo o grupo. “Todo mundo pergunta por ela, por isso que está aqui hoje. No Miss Piauí ela estava comigo e vestia uma roupa igual a minha”, contou uma das únicas loiras que participavam do concurso.
Documentário para os filhos
Em um dos vários camarins, Wiviany Oliveira, Miss Goiás, mostrava sua desenvoltura em frente – e por trás – das câmeras. Com uma máquina fotográfica, ela iniciou uma série de entrevistas com a equipe de produção que ajudou as garotas durante esses 15 dias. Wiviany fazia perguntas, mostrava o local, filmava a si mesma e explicava: “Tenho o sonho de trabalhar na TV como apresentadora ou como atriz. Já fiz curso de teatro, mas era muito nova. Hoje, penso muito na profissão. Mas esse filme é empolgação mesmo, nada profissional. É para mostrar para meus filhos no futuro ou até para fazer um documentário depois”, contou.
Gastos para se tornar Miss Brasil
Priscila Machado não escondeu que fez algumas cirurgias para encarar o concurso. “Fiz uma pequena lipo, rinoplastia e coloquei silicone”, confessou a Miss Brasil 2011. Mas esses não são os únicos gastos de uma concorrente ao posto de mulher mais bonita do país. “É um gasto muito alto. Depende de cada Miss. Tem que ter apoio e patrocínio, mas nem todas têm condição. Eu, por exemplo, não tive patrocínio do governo. Banquei tudo sozinha”, contou Aline Cabral, a Miss Rondônia, enquanto arrumava o cabelo para o desfile.
Aline explica que contou com a ajuda financeira da família para chegar ao concurso. “No meu Estado é complicado. Para ser modelo, ou você nasce com sorte ou com dinheiro”.
Foto: Claudio Augusto
Misses tomam pó de guaraná para se livrar do sono e cansaço
Marcas de um Miss Brasil
“Se eu não ganhar ficarei feliz com qualquer ganhadora. Todas são merecedoras”. Essa frase de Tammy Cavalcante, a Miss Amazonas, que ficou em quinto lugar no concurso, resume o sentimento das garotas. Ela, que finalizou a competição cheia de calos nos pés -- que calçam o número quarenta --, acredita que levará para sempre a amizade das outras garotas. “Me senti em casa”, afirmou Tammy. Horas antesde subir ao palco, ela usava, pela primeira vez nos últimos 15 dias, um chinelo. E conversava descontraidamente com Stéfanie Carvalho, a Miss Alagoas, mostrando que, como os calos, a amizade também deve ficar marcada.
“Sonhei que a Miss Ceará ganhava o concurso. Falei para ela que, se isso acontecer, vou começar a trabalhar como vidente”, brincou Stéfanie que, pelo o que foi visto no resultado do concurso, seguirá trabalhando como modelo e enfermeira.
Foto: Claudio Augusto
Misses Mato Grosso e Mato Grosso do Sul conversam antes do desfile
Foto: Claudio Augusto
Miss Pernambuco aproveita para falar ao telefone
Foto: Claudio Augusto
Para se preparar para o momento da pergunta, misses anotam suas possíveis respostas em um papel e ensaiam até o momento de subir ao palco
Foto: Claudio Augusto
Um rápido lanchinho antes de subir ao palco
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