24 julho 2011

Nos bastidores, misses não têm nome e plateia faz a festa

24 de julho de 2011 14h06

  1. Candidatas a Miss Brasil enfileiradas em uma das eliminatórias. Foto: Fernando Borges/Terra
O concurso Miss Brasil 2011 foi realizado nesse sábado, em SP
Foto: Fernando Borges/Terra
  • Mariana Lanza

Direto de São Paulo
Sábado à noite na zona sul de São Paulo. Vinte e sete misses se revezavam entre a sala da maquiagem e cabeleireiro, os espaços para se trocarem e uma salinha de televisão com comes e bebes, no HSBC Brasil. Enquanto Michelly Bohnen, representante de Santa Catarina, e a Miss Rio Grande do Norte, Daliane Menezes, decoravam os textos falados pelas cinco finalistas quando questionadas pela apresentadora Adriane Galisteu (no fim, nenhuma das duas chegou tão longe na disputa), a mato-grossense Jéssica Duarte aproveitava para comer um pedaço de melancia e, em seguida, sentar sozinha no sofá, apreensiva.
Na sala ao lado, outras candidatas retocavam a maquiagem e o penteado, cada uma com um profissional. Cabelos com bobes eram unanimidade. Outro fato em comum era a identificação. Ali, não importava se era Michelly, Daliane ou Mariana. Todas eram chamadas pelo nome do Estado. "Mato Grosso, vamos lá", disse uma mulher da produção. "São Paulo, vai se trocar e volta", ordenou outra. "Gente, eu preciso trocar a Mato Grosso", insistiu uma produtora.
Nos camarins, onde as garotas se dividiam em grupos de sete ou oito, a entrada de homens era proibida. O acesso do sexo masculino se limitava ao corredor, onde pouco depois das 21h houve uma correria para livrar as musas da noite dos tais bobes. Enquanto via suas madeixas se soltarem, a Amapá comentou: "meu vestido foi trocado. Ele foi encurtado e esse aqui está no joelho". "Então, o seu está com a Bahia. Vou ver com a camareira que confusão aconteceu", respondeu uma mulher da produção.
Tudo pronto e elas apareceram uma atrás da outra para seguirem em direção ao palco. Mesmo modelo de vestido, alguns apenas com cores diferentes, sapatos e acessórios idênticos. Nesse momento, "torcidas organizadas" já estavam acomodadas, com faixas e revistas nas mãos para vibrarem quando as misses aparecessem.
Enquanto a transmissão da Band não começava, a apresentadora Adriane Galisteu aproveitou para dar um recado: "só uma coisa não vale: a vaia". E foi dada a largada. Na TV e nos telões montados na casa de shows, vídeos de cada miss com trajes típicos de seu Estado foram exibidos. No primeiro intervalo, Galisteu chamou a plateia, que já estava torcendo fervorosamente, para vibrar mais com as candidatas. "Vamos aplaudir. Participar pode, só não pode vaiar porque não é legal". O mesmo fez a Miss Brasil 2007 , Nayla Micherif, que comandou a cerimônia com a loira.
No fim de cada intervalo, as jovens se posicionavam no palco para depois começarem os desfiles, a pedido das apresentadoras. Primeiro, usaram trajes de banho e dançaram ao som do sambista Diogo Nogueira . Quando voltaram ao palco, vestiam roupas de gala. Nesse momento foi anunciada a Miss Simpatia, Renata Lustosa (Piauí), e o melhor traje típico ficou com Mariana Figueiredo, do Rio de Janeiro.
Enquanto a plateia, com várias mulheres vestidas também em trajes de gala, aplaudia e gritava para suas favoritas, na área VIP o público se descontraía com bebidas e petiscos à vontade. Claro que existia um grupo bem animado torcendo. Sua escolhida era a Miss Amazonas, Tammy Cavalcante, que ficou em quinto lugar.
Na primeira seleção, 15 candidatas continuaram na disputa. Depois, o número diminuiu para dez e, em seguida, para cinco. Até anunciarem a grande vencedora. Cara a cara ficaram a Miss Bahia, Gabriella Rocha, e a representante do Rio Grande do Sul, Priscila Machado. Ao ouvir o coro gritando "Bahia", "Bahia", Gabriella foi às lágrimas, antes mesmo de saber que perderia o concurso. Bastou anunciarem Priscila como a nova Miss Brasil para o "coro baiano" se transformar em vaias, apesar do único pedido feito por Adriane Galisteu no início da cerimônia. Infelizmente, a representante do País no Miss Universo não teve o gostinho de comemorar com o público, sob aplausos. Mas quem diz que ela se incomodou? "sabe em que eu estava focada? Nas pessoas que me amam e que eu via torcendo por mim. O resto eu nem ouvi e não prestei atenção", disse.
Premiação
Além da coroa, Priscila ganhou R$ 200 mil em contrato de trabalho com a Gaeta Produções, uma viagem para Lisboa com acompanhante e um carro 0 km. A segunda colocada, a baiana Gabriella Rocha, foi premiada com uma viagem para Buenos Aires, também com acompanhante, e a Miss Acre, Danielle Knidel, que ficou em terceiro lugar, recebeu uma viagem para Salvador.

http://diversao.terra.com.br/tv/noticias/0,,OI5258332-EI12993,00-Nos+bastidores+misses+nao+tem+nome+e+plateia+faz+a+festa.html

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