19 abril 2010

`Não existe mais romantismo no concurso de miss´, diz pesquisador


Foto: Reprodução Zoom Marta, Adriana, 
Celice, Martha e Gislaine, as misses escolhidas por Paulo Marta, Adriana, Celice, Martha e Gislaine, as misses escolhidas por Paulo

Tanara de Araújo e Paulo Borgia

entretenimento@band.com.br

Paulo Tadeu Dagostini não gosta de ser chamado de especialista, mas certamente é uma das pessoas que mais conhece o mundo e a história das misses.

Curioso, desde os 10 anos passou a se interessar sobre o assunto e segue suas pesquisas até hoje. Sabe como poucos sobre as mulheres que já disputaram todos os níveis dos concursos do gênero, desde os estaduais até o concorrido miss Universo.

Bancário, Paulo troca informações com outros interessados no assunto e mostra uma boa visão dos bastidores dos concursos. Crítico, espera que a premiação evolua, mas sabe que esse é um caminho complicado: “As pessoas precisam parar de rivalizar e se unir mais para o evento crescer”.

De onde vem o seu profundo interesse pelo mundo das misses?
Comecei a me interessar pelo concurso ao ver a brasileira ganhar o Miss Universo em 1968, pela segunda vez. A partir de 1989, passei a acompanhar mais de perto. Sou um aficionado, coleciono muito material sobre o tema. Mas, não sou um especialista no assunto, porque não sei responder todas as questões. O que faço é ir atrás e compartilhar as informações com outras pessoas.

Para você, que acompanhou tantos concursos, quais seriam diferenças mais significativas do início do concurso e hoje?
Acredito que com a evolução tudo muda, lógico. Mas se perdeu muito do glamour e dos detalhes. Antes havia tempo para os detalhes, hoje nem dá para ver a cara da miss.

Você acha que os critérios hoje são mais simples? Considerando que teve miss que não venceu por polegadas...
Mais ou menos. A própria Martha Rocha concedeu uma entrevista e contou que não existiu essa história. Ela disse que, em 1953, houve uma miss americana que ficou em segundo lugar. Não deram a vitória para ela, mas a miss EUA conseguiu vencer no ano seguinte para compensar. Foi bem nesse ano, em 1954, que a Martha perdeu.

Mas ainda são regras rígidas?
Acho que não há tanta rigidez. Antigamente havia mais. Já tivemos uma miss casada, então não há tanto.

E a questão das plásticas, qual sua opinião?
É difícil de responder, porque existem muitos patrocinadores, que pagam viagens, estadias e tudo mais. Existem muitos países que trabalham constantemente para vencer o miss Universo todos os anos, como a Venezuela. Assim, é relativo. É válido se pode pagar por isso, mas um país mais pobre vai sair em desvantagem por não conseguir bancar uma plástica.
Ainda existe romantismo no título de miss?
Se tornou uma coisa muito comercial e não era assim antigamente. É só dinheiro envolvido. A última vez que vi algo de caridade de uma miss foi em 2005, quando a miss Universo veio a São Paulo por conta própria, na casa de um padre conhecer seus projetos. Então, o concurso tem deixado de ser algo em benefício da comunidade.

O concurso de miss passou um período de baixa entre meados dos anos 80 até início de 2000. A que você atribui isso?

Não havia transmissão por televisão e ela influencia muito. Tinha gente que nem imaginava que existia o concurso, então, isso foi um grande fator para ele ter ficado de lado por um tempo. O desinteresse também ajudou a bagunçar um pouco as coisas. Por exemplo, em 1990, não houve concurso, e no ano seguinte foi uma indicação do SBT. Depois, em 1992, foi escolhida a miss Paraná, mas pouco divulgado. E no outro ano Leila Schuster foi selecionada. Aí, então, em 1994, o concurso voltou a crescer, um pouco mais organizado.

Falta de uma organização que gerencie as informações e regras atrapalha?
As pessoas precisam parar de rivalizar e se unir mais para o evento crescer, assim como é na Venezuela, que existe uma organização consistente. Aqui, cada um quer aparecer mais do que o outro, então isso atrapalha um pouco.

Ser miss é algo brega?
Não acho. Do meu ponto de vista, ainda é ser chique. Se aqui não tem importância, lá fora há muita. A miss tem uma importância que aqui ainda ela não percebeu, muito menos o público.

Qual é o perfil de uma boa miss?
É ela saber o que quer. A beleza pode agradar a mim e não pode agradar a você. Acredito que se ela tiver um interior bom, as pessoas a vêem de uma forma bonita. Acho mesmo que, se ela tiver determinação, já é um grande passo para o sucesso.

Eleja as cinco misses de todos os tempos no Brasil
Marta Jussara da Costa (1979), Adriana Alves de Oliveira (1981), Celice Pinto Marques da Silva (1982), Martha Maria Cordeiro Vasconcellos (1968), Gislaine Rodrigues Ferreira (2003), não necessariamente nessa ordem.




 Silvia Novais se prepara para deixar o reinado de miss em SP
Foto: Divulgação Zoom Silvia Novais, a
 miss São Paulo 2009 Silvia Novais, a miss São Paulo 2009

Da Redação

entretenimento@band.com.br

Com 1,77m de altura, 60 kg e uma cintura de 62 centímetros, Silvia Novais conquistou no ano passado o título de Miss São Paulo. Em cerimônia no Memorial da América Latina, a candidata de Campinas foi eleita a mais bela entre 32 concorrentes.

Agora, após um ano de reinado, Silvia já está pronta para passar a coroa de mais bela mulher do estado de São Paulo a uma das 41 concorrentes que participam do evento em 2010.

Nascida na Bahia, Silvia mora em Campinas desde criança. Hoje com 22 anos, ela conta em entrevista ao eBand que foi um momento inesquecível de sua vida e também muito prazeroso. “Participar de projetos sociais e representar a beleza do estado foi um momento que jamais esquecerei”, comentou a morena, que ficou entre as 15 semifinalistas no Miss Brasil 2009.


Você está quase entregando a coroa para a nova miss São Paulo, como está este momento de transição?
A expectativa é grande, mas também bate aquela tristeza. Porém, nunca vou deixar de ser miss e vou levar isso pro resto da vida. Foi uma experiência maravilhosa, com momentos bons e ruins, claro. Vejo que ser miss não é só beleza, mas também representar bem o estado. É uma responsabilidade muito grande.

Conforme tua experiência, qual é o momento mais importante na hora do concurso de miss?

Olha, ouvir as dicas do coreógrafo é muito importante. Ele dá dicas bem legais e é uma pessoa excelente. Acho que o diferencial foi ser eu mesma, simpática, tranquila.

Neste ano de reinado, o que você destaca como suas principais ações?
Fiz projetos sociais e foi incrível, trabalhei com idosos na minha cidade, mas sinto que poderia ter feito mais. Ser miss é um exemplo, de beleza, para outras mulheres, para crianças.

De acordo com sua experiência, qual é o melhor e o pior na rotina de uma miss?
O melhor é que fiz muitas amizades, fiz muitos eventos, campanhas e isso abre as portas para vida de modelo. Quanto ao pior, não é pior, é “ruim”, que é a correria do dia-a-dia. Mas faz parte, então não é tão ruim assim.

E segredo de beleza de uma miss, o que você pode revelar?
Eu cuido bastante da minha pele, hidrato passo protetor. Acho fundamental e é uma boa dica para as candidatas.

Quais são seus planos para o futuro pós-reinado?
Quero seguir minha carreira de modelo. Tive convites, inclusive internacionais, mas não sei ainda o que vou fazer da vida. Sei que quero dar continuidade com o projeto social com os idosos e também pensar um pouco nas minhas coisas pessoais.

Qual é o conselho que você deixa para a sua sucessora?

Acho que o importante é ser você mesma. Que a miss tenha uma cabeça boa, tranquila, que seja simpática e evite entrar em conflito com as outras meninas. É importante mostrar personalidade.






Redação: Paulo Borgia

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