Larissa Costa ao receber o título de Miss Brasil 2009
Por Paulo Borgia
entretenimento@eband.com.br
Aos 25 anos Larissa Costa conseguiu chegar onde muitas mulheres sonham: na disputa para a mulher mais bonita do mundo, no concurso Miss Universo. Mas para isso ela precisou quebrar um grande obstáculo, que é ser eleita a Miss Brasil, claro. Um caminho difícil, com mais 26 belísismas concorrentes, casos de vestidos rasgado, sandália perdida... é, vida de Miss não é fácil.
Larissa esteve no chat do eBand na última sexta-feira, dia 3, e não poderiamos deixar passar a oportunidade de bater um papo cara a cara com uma mulher linda, cheia de histórias para contar do mundo glamouroso das misses.
Muitos consideraram uma injustiça a não classificação da potiguar entre as 15 finalistas do concurso nas Bahamas, mas alguns comentários indicam que Larissa pudesse ser uma pessoa um tanto fechada para sua posição. E isso é um assunto que mexe com a a cabeça da rainha. “Sou muito tímida, mas também sou sincera. E quando estou sendo simpática e agradável, pode acreditar que é a mais pura sinceridade”, rebate.
Talvez uma das poucas misses que nunca leu ´O Pequeno Príncipe´ (“Preciso ler mesmo, na verdade sempre quis, mas sempre lia outra coisa e acabava esquecendo”), Larissa Costa conversou com o eBand entre o chat e as gravações para a participação especial no CQC. Confira.
Como é voltar para o Brasil depois de passar mais de 20 dias na paradisíaca Bahamas?
Bahamas é incrível, o lugar é lindo. Fui para a capital, Nassau, a outras ilhas... para passear é perfeito.
No evento também, era tudo muito bonito, com uma estrutura grandiosa. Olha, foi uma experiência gratificante, convivendo com mais de 80 meninas, cada uma com sua cultura. Aprendi um pouquinho, elas ensinaram um pouquinho.
Quando você decidiu ser Miss?
Comecei a carreira de modelo com 13 anos, quando recebi um convite. Mas não tinha certeza se era isso que gostaria de fazer e parei. Porém, aos 17, voltei a carreira, me dedicando a essa vida e aos estudos.
O convite para ser miss apareceu há dois anos. Antes não quis participar, achava que ia atrapalhar, mas depois que terminei o colegial e a faculdade de pedagogia, achei que era a hora certa.
Já no concurso de Miss Brasil desse ano ouveram alguns problemas. Afinal, o que aconteceu?
A Rayanne Morais (Miss Minas Gerais) disse que teve o vestido rasgado. Até onde eu sei não foi rasgado, não aconteceu nada disso.
O que acontece é que cada Miss tem um camareira, são 27 ao todo. Ela é responsável por cuidar de todo o figurino, sapato, acessórios. Não tinha como alguém chegar perto, é tudo bem separado.
O que eu vi que aconteceu lá foi que Rayanne levou a sua sandália, com plataforma, para ficar mais alta, sendo que haviam sandálias padrão para cada entrada. Por isso, uma das candidatas, a Denise Ribeiro (Miss Distrito Federal) disse que se ela entrasse com a sandália, nenhuma delas desfilaria mais, foi isso.
Mas você e a Rayanne se dão bem?
Sim, sim, tudo ótimo! Ainda não encontrei com a Rayanne depois do evento, até queria encontrar. Ela é bem legal, nos conhecemos logo quando gravamos algumas vinhetas para o Miss Brasil aqui na Band. Na verdade queria encontrar todoas elas. Gosto muito delas.
Na gravação do vídeo para o Miss Universo, por que você tentou falar em inglês?
Nunca declarei que eu falava inglês fluente, até porque não falo. Fiz cursos há dez anos, mas não sei falar, apenas entendo.
No dia que fiz o vídeo eu não tinha tradutor na hora, e era um vídeo pro site. Se eu falasse em português, poucas pessoas no mundo entenderiam. Então, arrisquei, tentei, mas eu tinha ciência que não estava falando corretamente. E ainda fiquei muito nervosa, e isso piorou muito, pois não consegui formular as frases.
E como era seu relacionamento com as outras misses nas Bahamas?
A relação com as garotas nas Bahamas foi ótima. Éramos divididas por grupos, por ordem alfabética. Apenas na última semana ficamos todas mais próximas. Havia uma dificuldade com o idioma sim, pois eu estava sozinha lá. Até minha chaperona (pessoa, geralmente uma mulher, que fica responsável por um grupo de quatro misses) era americana. Todos os anos era uma brasileira, mas bem agora mudou.
Alguns comentários que chegaram aqui no Brasil é que o seu jeito muito fechado pode ter influenciado no resultado do Miss Universo...
Eu sou séria com pessoas que não conheço bem, mas a convivência com as meninas eu brincava muito, era ótimo.
Mas a organização estava de olho em vocês o tempo todo.
Sim, mas penso que eu sendo eu mesma eles iriam notar. Se eu tentasse ser simpática demais ou rir demais eles iriam perceber que não era eu. Existem pessoas mais simpáticas, mas nem tão sinceras. Eu, quando sou simpática e agradável, pode ter certeza que sou sincera. O que acontece também é que sou muito tímida. Minha mãe mesmo conta que desde pequena, quando chegavam visitas em casa, eu corria para o quarto pra me esconder. Às vezes as pessoas confundem timidez com seriedade, e não é bem assim.
Essa questão de ser simpática mas não ser sincera tem a ver com a Miss Venezuela?
Chegou essa história que comentei sobre a Miss Venezuela (Stefania Fernandez, eleita Miss Universo), mas não é verdade. Não falei nada sobre ela.
Agora, existe sim, de as meninas saberem que fulano tem o poder e por isso tratarem essas pessoas diferente. Isso acontece em toda parte. Eu não aprovo isso, mas tem pessoas que tem essa filosofia.
Como serão os seus próximos oito meses de reinado?
Terei dedicação total a carreira de Miss Brasil. Quero continuar representando muito bem o país, em qualquer lugar que for.
Ainda não recebi convites para depois desse tempo, mas pensarei com muito carinho caso apareçam.
E o noivado, como vai? Ele não quis acompanhá-la nas Bahamas?
Prefiro não falar sobre o noivo (ela está noivada desde o ano passado com engenheiro Heitor Dias, de 28 anos, com quem namora há 6 anos). Ele tá em casa, deixa quieto. Mas sim, ele fica muito nervoso, não foi as Bahamas, nem assitiu todo o Miss Brasil, mas me apoia sempre. Só o nervosismo que atrapalha (risos).
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