27 agosto 2008

Venezuela: o país das misses

>Heloísa Mendonça - Portal UAI
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REUTERS/Supri (INDONESIA)
Miss Universo 2008, Dayne Mendoza da Venezuela, recebe tratamento em SPA
Cinco coroas de Miss Universo, a última delas conquistada por Dayana Mendonza em julho deste ano, outras cinco de Miss Mundo e uma de Miss Internacional deram a Venezuela a reputação de ter as mulheres mais lindas do planeta. Alguns acreditam que essa beleza já não é natural, ela é fabricada em escolas de misses e nas salas de cirurgias.


Veja fotos de misses da Venezuela

Ao lado de Porto Rico, que também conquistou cinco títulos, a Venezuela só perde para o campeão Estados Unidos, que possui em sua história sete Miss Universo. As venezuelanas estiveram 21 vezes entre as finalistas. Segundo a Organização Miss Venezuela, a meta continua sendo a mesma: seguir exaltando a beleza das mulheres e permitir que o nome do país siga destacando-se em todas as partes do mundo.

O sucesso do concurso é tão grande, que ele já tranformou-se em paixão nacional. Os venezuelanos acompanham a disputa das mais belas como se fosse a Copa do Mundo. A transmissão ao vivo do evento, pela televisão, atinge picos de audiência de 90% no país. As beldades acabam virando estrelas. Uma já tentou, até mesmo, entrar na política. Irene Sáez, Miss Universo de 1981, concorreu à presidência em 1998. Ela disputou o posto com o atual presidente Hugo Chávez, porém alcançou apenas 3% dos votos.

AFP PHOTO/Juan Barreto
Duas venezuelanas caminhando durante uma aula de postura e beleza


Fábrica de "Reinas"


O homem por trás de todo o brilho das candidatas é Osmel de Sousa, que há mais de 20 anos escolhe quem irá representar o país no concurso de Miss Universo. Ele é o presidente da organização Miss Venezuela e criou, em 1988, o chamado "casting popular", no qual representantes da organização viajam pelo país inteiro em busca de candidatas.

Cerca de 5 mil mulheres participam anualmente do casting. Após uma pré-seleção, Sousa estuda, durante semanas, os vídeos das candidatas e, nesta fase são escolhidas 40 meninas. As jovens começam, então, um treinamento em uma verdadeira escola para misses, com direito a aulas de passarela, maquiagem, inglês e cultura geral; academia e ioga; consultas com nutricionistas, dermatologistas, dentistas e visitas a cirurgiões plásticos.

Um pré-requisito fundamental para as futuras beldades é a altura, que precisa ser, no mínimo, de 1,70 m. Para Osmel, essa é a única característica que não há como modificar em uma mulher. Segundo seu depoimento no site oficial do concurso na Venezuela, a cirurgia estética já é uma ciência que está aprovada por todos, "porque corrige certos detalhes que a natureza não foi generosa em nos fornecer". Para ele, se uma menina é muito linda, mas nasceu com com um nariz muito grande ou com outro defeito, ela não deveria ficar assim até o resto da vida. Afinal, há um profissional que pode ajudá-la a ficar muito mais bonita.

Em 1997, a rede de televisão americana ABC, produziu um documentário intitulado Fábrica de Rainhas, mostrando todo o processo em que as aspirantes a misses Venezuela passam. E ,de certa forma, criticam os recursos utilizados por elas, como os bisturis, para atingir um certo padrão de beleza.

Ao longo do anos, o concurso tornou-se um verdadeiro investimento e o chamado padrão venezuelano de beleza vem mostrando êxito: desde 1990, a Venezuela não alcançou um posto menor que de terceira finalista.

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