17 novembro 2006

A carioca Eileen, a nova miss Colômbia, diz que come de tudo

A carioca tem 1,70m e pesa 53kg; a modelo Ana Carolina Reston, que morreu por anorexia, media 1,72m e pesava 40kg.

Pablo López Guelli, do G1, em São Paulo

Foto: Divulgação

A carioca Eileen Roca Torralvo, de 20 anos, recém-eleita Miss Colômbia, diz que a morte da brasileira Ana Carolina Reston foi um choque no mundo da moda e repercutiu muito na Colômbia, onde a anorexia é um problema nacional.

“Foi a notícia mais importante nos telejornais nacionais [da terça-feira, dia 14]. Os colombianos estão muito preocupados com os casos de anorexia entre as jovens que querem seguir carreira de modelo e todo o país ficou sabendo da história dessa menina”, afirma Eileen.

“Há uma campanha nacional contra a anorexia. Hoje, as jovens que são muito magras não conseguem ser aceitas por muitas agências de modelos. Todo o país está envolvido com esse problema.”

Em entrevista exclusiva ao G1, a modelo garantiu que a boa alimentação é o segredo do sucesso que ela teve recentemente, quando ganhou a disputadíssima coroa de mulher mais bonita da Colômbia.

“Todos os dias”, diz a modelo, “eu me alimento muito bem. Como muito e tento compensar isso fazendo exercícios e esporte. Também procuro balancear minha dieta. Por exemplo, se eu como muito no almoço, tento comer um pouco menos no jantar. Mas nunca fico sem comer nada, não importa qual seja meu peso.”

A modelo Ana Carolina Reston, que morreu em decorrência de anorexia, media 1,72m e pesava 40kg. Já Eileen tem 53kg e mede 1,70m.

A nova miss Colômbia dá um recado simples para as meninas que buscam um padrão excessivo de magreza e acabam colocando em risco a própria saúde: “Eu sempre comi bastante e ainda assim consegui ganhar o concurso de señorita Colômbia.”

Veja aqui a galeria de fotos de Eileen Roca Torralvo.

Eileen estuda jornalismo em Bogotá e afirma que quer ser repórter. De preferência, correspondente de guerra, “porque é uma profissão que tem muita ação”. Filha de dois médicos colombianos, ela morou no Brasil, no Rio de Janeiro, até os três anos de idade. Depois foi para a Colômbia, onde cresceu.

“Apesar de ter vivido aqui, durante o concurso sempre citavam que eu era brasileira, mas isso não me causou nenhum problema. Pelo contrário, tenho orgulho de ser brasileira, apesar de me sentir muito mais colombiana, já que vivi aqui a maior parte da minha vida.”

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1352888-5602,00.html

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