Risoleta Pinheiro, a miss de 1949, presta apoio às nove candidatas ao título de 2006, a ser disputado logo mais à noite |
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Risoleta de Oliveira Pinheiro tem hoje 76 anos, mas ainda reserva a mesma simpatia e elegância típicas de uma miss, cujo título ela recebeu há 56 anos. Com a saudosa lembrança do dia em que ela saiu de Sena Madureira para vencer as outras oito candidatas à Miss Acre daquele ano, ela prestigia hoje o novo concurso que vai eleger a representante acreana que participará do Miss Brasil 2006. O evento - aberto ao público - está marcado para acontecer a partir das 19 horas, na Concha Acústica. “Receber este convite foi uma felicidade muito grande para mim. Eu estava em Manaus e fiz questão de voltar ao Acre para prestigiar o desfile”, declarou Risoleta. A ex-miss lembra que o primeiro título do concurso foi a conquista de um grande esforço, que iniciou quando ela enfrentou o pai para participar de um evento que até então não era aceito por ele. A mãe foi a figura principal na hora do apoio. Lídia dos Santos, a então primeira dama do Estado, também esteve presente nos grandes passos dados por Risoleta. E com todo o preconceito da sociedade naquela época, ela subiu à passarela usando traje de gala e o maiô, vestimentas que caracterizam até hoje os desfiles de miss. Contudo, o maior desafio da bela acreana ainda estava por vir. É que o avião em que ela embarcou para participar da etapa Miss Brasil, no Rio de Janeiro, sofreu uma pane e todos os passageiros tiveram que desembarcar em Guajará -Mirim (RO), onde passaram um dia. “Eu perdi o primeiro dia de desfile das candidatas a Miss Brasil e quase fui desclassificada para participar dos dois últimos. Mas felizmente foi feito um ofício explicando a situação pela qual passei e pude, mesmo prejudicada, continuar no concurso”, destacou. As boas lembranças foram as únicas conquistas da primeira Miss Acre na Grande Rio de Janeiro. Ela conta que voltou para o Estado com o sentimento de dever cumprido e de ter feito uma boa representação de sua terra, num espaço que reuniu as maiores belezas do Brasil. A história de Risoleta é algo que não morre. Os filhos sempre comemoraram por ter uma mãe que foi a primeira Miss Acre, conta ela. E agora os netos compartilham com os amigos a importância que Risoleta Pinheiro teve para o Estado a partir do ano de 1949.
Beleza que ultrapassa gerações O último concurso Miss Acre realizado no Estado aconteceu em 1991. Naquele ano, a beleza acreana eleita foi a de Risoleta Queiroz, uma jovem de 18 anos, que apareceu para a sociedade carregando mesmo nome da primeira miss, não por mera coincidência. Risoleta Queiroz é sobrinha de Risoleta Pinheiro. Nas passarelas de todo o Brasil ela exibiu uma beleza que comprova ter ultrapassado gerações. “Participei do concurso por incentivo da minha família, que já se orgulhava de ter a minha tia como ex-miss Acre. Ter vencido a disputa foi algo muito gratificante para mim e carrego até hoje a experiência de ter subido nas passarelas em São Paulo, para concorrer ao Miss Brasil”, decalrou. Risoleta Queiroz chegou a ter uma trajetória nas passarelas bem mais longa que a da tia. Ela não se limitou a participar do Miss Brasil e também emprestou a sua beleza a grandes desfiles realizados em Belo Horizonte e Belém. O resgate do concurso - Depois de permanecer adormecido por 15 anos, a realização do Miss Acre partiu da iniciativa da promoter Meyre Manaus. Segundo ela, o desfile de logo mais a noite será um grande marco do resgate de um evento de glamour, que promete voltar com força total, com realizações todos os anos. “A partir deste ano o Acre não ficará mais sem representação no Miss Brasil. A nossa beleza estará presente na disputa que reúne belas mulheres de todos os Estados”, garantiu. A festa terá início com a apresentação do grupo de dança da Escola Dançando no Ritmo, seguido de um show com a cantora Carol Freitas. Após a programação, as nove candidatas sobem ao palco com os trajes propostos pelo regulamento.
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Página 20, Acre, 18 de março
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